quinta-feira, abril 15, 2010

Livro Ling Ling A Tartaruga Esquisita - Pág. 16

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Mas apesar da cor de Ling Ling ser completamente diferente das outras tartarugas, Ling Ling era uma bela tartaruga.
Ling Ling, curiosa para compreender o por quê, perguntou:
- Fada, por quê eu sou azul?
Meus pais eram como as outras tartarugas e eu não me pareço com eles.
A senhora pode me explicar o por quê?
- Sei sim, Ling Ling, e é por isto que estou aqui para ajudá-la a compreender e assim você poderá ajudar os outros bichos.
- Eu, ajudá-los?
Impossível! Quem precisa de ajuda sou eu.
Além do mais, ajudá-los em quê, e como, pois nem ao menos me olham direito?
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Livro A Galinha Carijó - Págs. 6 e 7

A honestidade, além de fazer brilhar o olhar de quem a pratica, é a construção de um novo mundo.
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No tanque lavando roupa,
cantava a galinha carijó,
tentando se animar um pouco,
mesmo sabendo o que acontecia ao
seu redor.
Conselhos é o que mais dava,
o exemplo também.
Pois gostava muito de trabalhar.
De limpar e assoviar.
Era feliz, apesar de ter três filhos
assim.
E sua música dizia:
Eou sou a galinha carijó.
Que vive pelos campos a cantar,
a sonhar com um país melhor,
mais humano e mais feliz.
Se você não deseja acreditar
que o nosso país vai melhorar,
eu lhe digo que está errado,
meu amigo, e atrasado,
porque o Brasil vai melhorar.
Cócórocócócócó.
É a música da galinha carijó. Cócó.
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Livro Espiriborboleta - Pág. 3

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Sendo assim, alimentavam suas consciências, lugar onde se guardavam as informações, situada na cabeça. Só violência, moda, destruição, impaciência, medo e desunião...
Era uma infelicidade só no planeta Cosmo...
Aos sábados, iam à Igrizolete; era um lugar muito bonito e todos escolhiam a melhor roupa para ir lá.
Todos diziam que os melhores Espiriborboletas frequentavam a Igrizolete, pois lá ensinava como ser bonzinho. Lá, todos aprendiam como fazer uma boa oração, as lições da espiriBíblia, e não ser como aqueles que fazem coisas feias.
Era assim que viviam, e as semanas se passavam no planeta Cosmo, dia após dia, do mesmo jeito, e os Espriborboletas sempre reclamando e brigando por tudo.
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Livro Ser Feliz É Voar - Desigualdade, Pág. 15

Depósito de dor,
Escravidões...
Suor, lágrimas.
Irracionalidade,
Ganância,
Usurpação de direitos,
Absurdo, confuso, imoral,
Lastimável,
Desigual,
Anormal, desestrutural,
Distante,
Ecoando a fome, a farsa, a ignorância.

quarta-feira, abril 14, 2010

Livro Metamorfose - Em Teu Caminho, Pág. 31

Deparei com o encarcerado,
corpo e mente dilacerados pelas leis do homem.
Deparei com o mendigo deitado,
Ossos lhe apontando o corpo,
olhos virados para a opressão
daqueles que da vida só fazem a morte.
Deparei com o jovem a caminho da guerra,
coração apertado,
lágrimas a lhe escorrerem pela face,
sangue a percorrer-lhe a mente.
Deparei com a mulher que o corpo vende,
marcas do vazio em que teu coração adormece,
rugas das noites que não dormira,
danificada pelos vermes que lhe sugam a alma.
Deparei com a criança ao relento,
seus sonhos de anjo inundando a terra,
sua fome a demonstrar os hipocritas que governam
o mundo.
Deparei com Deus, o vi dando de beber aos sedentos,
Aliviando as torturas no recôndito da alma,
levando a luz onde a solidão tem morada.
O vi tristonho,
Envergonhado do que o homem faz da Sua perfeita obra.

Livro Metamorfose - Criança do Século XX - Pág. 41

Pobre criança,
que só a violência conhece,
que o amor desconhece.
Em tuas mãos colocaram armas,
em teu coração a indiferença.
O teu caminho encheram de espinhos,
e da tua vida roubaram até a esperança.
Teus sonhos esmagaram,
e criaram a bomba para destruir tua vida.
Em teus mares, mataram teu alimento,
e teu céu, o esconderam com suas fumaças.
Tuas florestas devastaram,
e em tua vasta terra,
construíram os fazedores de loucos.
Pobre criança,
que da vida só conhecerás a morte.
Desconhecerás a aurora
e, tão pouco, conhecerás o crepúsculo.
Não terás os passeios nas lindas noites de verão,
não te aquecerás ao pé de uma lareira,
nas noites de inverno.
Pobre criança,
que estás a nascer em nossos dias.
Que em tua pureza desconheces
o que o bicho homem faz com teu espaço.
Peço a Deus que o homem acorde,
E veja o quanto tem sido egoísta.,
em privar-te de conhecer-te a ti mesma.
Em roubar-te a vida, e entregar-te à morte.

Livro Corações Alados - Pág. 61

Não dá para
ser escritora, pintora
ou escultora.
Não dá só para ser mãe, esposa,
mulher, filha, amiga.
Náo dá só para ser empresária,
funcionária, escriturária.
Não dá só para ser voluntária,
funcionária, escriturária.
Não dá só para ser voluntária,
não dá só para ser gente. Não dá.
Essa vida é tanta coisa.
O infinito nos espera, nos aguarda
ansioso por atitudes, e muitas vezes
o decepcionamos.
Olho-me no espelho e o que vejo?
A vida passando.
Meus sonhos enfraquecidos vão ficando.
E a vida em que caminhei muitas
vezes, já caminho com olhos diferentes.
Olho o sol e já sinto ele tão quente,
tão ardente.
Minha pele se torna tão sensível
aos seus raios.
Com o amadurecimento da fruta,
sinto ser chegada a hora de
alguém saboreá-la.
Senão, a mesma cairá ao
chão e, esborrachada,
não mais servirá
para nada. Seu
tempo de
utilidade
já se esgota;
e só servirá de esterco para
outras sementes.
Vida que te quero viva, presente,
rodeada de pássaros e gente.
Saboreando o gosto de minha vida,
saboreando o gosto de meus atos, de meus gestos.
Vida, vida querida! Eu te suplico,
ajude-me a concretizar os meus
sonhos, meio que embutidos, tamanha
a dificuldade de realizá-los.
Ajude-me a não desistir de mim mesma.
Ajude-me a gritar bem alto que é
bonita, é bonita a vida, e a outra
não conheço, e se conheço, já me esqueci.
Ajude-me a acreditar sempre que a
morte é um presente da vida, a própria vida.
Ajude-me a me jogar no infinito
desconhecido e sem medo de me quebrar todinha.
Ouça-me, olha-me de perto.
Se torne vigilante, mesmo quando adormeço.
E desde já devo aqui meus sinceros
agradecimentos pois de ti, vida, só espero
a plenitude, a quietude de minhas
palavras e pensamentos.
De ti só espero
que meus atos
sejam sempre
presentes.