Deparei com o encarcerado,
corpo e mente dilacerados pelas leis do homem.
Deparei com o mendigo deitado,
Ossos lhe apontando o corpo,
olhos virados para a opressão
daqueles que da vida só fazem a morte.
Deparei com o jovem a caminho da guerra,
coração apertado,
lágrimas a lhe escorrerem pela face,
sangue a percorrer-lhe a mente.
Deparei com a mulher que o corpo vende,
marcas do vazio em que teu coração adormece,
rugas das noites que não dormira,
danificada pelos vermes que lhe sugam a alma.
Deparei com a criança ao relento,
seus sonhos de anjo inundando a terra,
sua fome a demonstrar os hipocritas que governam
o mundo.
Deparei com Deus, o vi dando de beber aos sedentos,
Aliviando as torturas no recôndito da alma,
levando a luz onde a solidão tem morada.
O vi tristonho,
Envergonhado do que o homem faz da Sua perfeita obra.
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