sexta-feira, fevereiro 20, 2015

Um Brasil Melhor I

Quem sou?
Sou...
sou um passado marcado.
Feridas profundas, regeneradas com o tempo.
Sou o presente renascendo,
sou a lágrima e o sorriso.
Sou o pássaro acorrentado
desejando conquistar seu espaço.
Sou a luz do sol anuviada,
ainda sou o eco.
Sou milhões de grãos de areia de uma praia deserta.
Sou uma mulher, sou uma menina.
Sou um ser lutando com os preconceitos
e porque sou, luto
e acredito na minha luta.
Porque acredito em um DEUS
que governa o céu e a terra,
que vê além dos olhos,
que sobrepõe as palavras.
Sou tua filha, tua serva.
Sou o que queres que eu seja.
Contanto que entendas que não sou poeta.
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Este poema foi escrito há 40 anos, e publicado a primeira vez no meu livro "Metamorfose", de 1.987. Nele, eu antevia um século XXI atribulado, confuso e consumista.
Há 40 anos atrás, o leite era vendido em garrafas, as crianças brincavam na rua e jogavam bolinhas de gude, as pessoas andavam tarde da noite nas ruas, as mortes de nossos jovens eram raras.
E hoje, como a humanidade está se comportando? Reflitam.
Como digo no poema acima,
"Sou a luz do sol anuviada,
ainda sou o eco."

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